Tetra Nannostomus Beckfordi 2 a 3 cm
Sku: 669BE199C6FC3
Categoria: Peixes de Água DoceTetras
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Ordem: Characiformes — Família: Lebiasinidae (Lebiasinídeos)
Nomes Comuns: Peixes Lápis Dourado — Inglês: Golden pencilfish
Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica
Tamanho Adulto: 6 cm (comum: 4 cm)
Expectativa de Vida: 3 anos +
Comportamento: pacífico, gregário
pH: 5.0 a 8.0 — Dureza: 18 a 268 ppm
Temperatura: 22°C a 28°C
Distribuição e habitat
Ocorre em ambiente lêntico, pequenos rios e áreas pantanosas, principalmente em áreas com densa vegetação aquática ou em meio a raízes submersas e folhas no substrato.
Amplamente distribuído por rios da Guiana, Suriname e Guiana Francesa, além de drenagens do rio Amazonas nos estados do Pará e Amapá no Brasil.
Relatado no rio Madeira, parte baixa e média do Amazonas até o rio Negro e rio Orinoco na Venezuela.
Descrição
Conhecido por inúmeros nomes comuns como Zepelim, Zepelim Dourado, Peixe Lápis, Torpedinho, Torpedinho Dourado, entre outros.
Formam grandes grupos onde os machos dominantes defendem constantemente seu território.
Bastante apreciado por aquaristas, a maioria dos espécimes encontrado nas lojas provém de coleta.
Populações selvagens variam em padrões de cores dependendo do local de sua ocorrência, algumas populações isoladas foram descritas no passado como espécies distintas.
Na descrição original, o padrão de cor de N. beckfordi é informado por Günther como “uma faixa prateada ao longo de sua lateral, delimitada acima por um avermelhado, e por baixo por uma faixa preta”. Uma mancha preta na metade inferior das brânquias. Cor vermelho no início da cauda.
No entanto, existe um grande número de cores diferentes variando a região de origem. Todos são atualmente considerados sinônimo de N. beckfordi.
N. anomalus (Steindachner, 1876): distribuído próximo a Santarém. A faixa lateral escura não atinge a nadadeira caudal e é cercada acima e abaixo por estreitas listras de cor prata. A parte superior do corpo é acastanhada, parte inferior amarelada. Esta descrição parece corresponder estreitamente com a de N. grandis Zarske, 2011.
N. aripirangensis (Meinken, 1931): descrito na Ilha Arapiranga, próximo a Belém, estado do Pará, Brasil. Este parece ser a forma mais comum no aquarismo. A coloração do corpo é marrom escuro e a faixa lateral escura estende-se até os raios da nadadeira caudal. O restante da base caudal é vermelha e as nadadeiras ventrais são vermelhas com azul claro nas pontas.
N. simplex (Eigenmann, 1909): descrito a partir de ‘Lama Stop-off, Guiana’. A descrição original descreve um peixe com superfície dorsal cinzenta escura com uma linha escura mediana; Uma faixa leve do focinho até a base dos raios superiores no meio da nadadeira caudal; Uma faixa preta através das mandíbulas e focinho até a base da nadadeira caudal inferior e continua nos dois raios médios; Superfície ventral plana, com exceção de um ponto entre as pontas das nadadeiras ventrais; Cromatóforos da banda lateral espalhados acima das nadadeiras peitorais e parte frontal da nadadeira anal.
N. beckfordi surinami (Hoedeman, 1954): descrito de Berg en Dal, ao norte do reservatório Brokopondo, Suriname. Não foi possível obter a descrição original e esta subespécie foi sinonimizada com N. beckfordi por Weitzman (1966), aparentemente sem maiores explicações.
Além destas, a espécie válida N. minimus foi considerada um sinônimo de N. beckfordi no passado, enquanto N. grandis parece muito próximo do N. anomalus e foi exportada como tal no início do século XX.
Na descrição de N. grandis (Zarske ,2011) considerou N. anomalus sinônimo de N. beckfordi, pois considerou a descrição de N. anomalus de Steindachner como não informativa e sem ilustrações.
A família Lebiasinidae está inclusa na ordem Characiformes e muitas vezes dividida nas subfamílias nominais Lebiasininae e Pyrrhulininae, embora não tenha havido uma revisão importante destes grupos nos últimos anos.
Todos os gêneros lebiasinídeos possuem uma forma corporal relativamente alongada com 17-33 escalas na série lateral e sistema de canal laterosensorial ausente ou reduzido a 7 escalas ou menos. Algumas espécies apresentam nadadeira adiposa enquanto outras não, e a nadadeira anal tem uma base relativamente curta de 13 escalas ou menos.
Na maioria dos membros, os machos têm uma nadadeira anal alargada ou bem desenvolvida, utilizada para cortejo das fêmeas e desova.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 60 cm de comprimento e 30 cm de largura desejável.
Deve ser mantido preferencialmente em aquário plantado. Sistema de filtragem deverá ser eficiente sem causar forte fluxo na água, algo pouco apreciado pela espécie.
Apreciado por aquarista nomeadamente por sua tendência a viver em grupos e pelo hábito de nadar com o corpo orientado para cima.
Comportamento
Relativamente pacífico podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes igualmente pacíficos e de pequeno porte.
De comportamento gregário, deverá ser mantido em pelo menos dez espécimes ou mais. Machos tendem a ser agressivos com outros machos, razão pela qual quanto maior o grupo melhor. Desta forma qualquer agressão será espalhada entre todos os indivíduos e não somente sobre os mais fracos.
Reprodução
Ovíparo. São considerados disseminadores livres, ou seja, fêmea libera os ovos livremente entre folhas que serão fecundados pelo macho em seguida. Larvas eclodem em até dois dias e estarão nadando livremente em até seis dias. Não ocorre o cuidado parental.
Dimorfismo Sexual
Machos adultos são intensamente mais coloridos, principalmente em condições de reprodução. Fêmea apresenta corpo mais roliço. A borda da nadadeira anal do macho é curvada.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural de alimenta de vermes, crustáceos e insetos.
Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.
Etimologia: Nannostomus; nannus (latim) = pequeno + stoma (grego) = boca. Em referência a pequena boca das espécies.
Beckfordi; nomeado em homenagem a FJB Beckford, seu primeiro coletor que apresentou ao museu britânico.
Sinônimos: Nannostomus anomalus, Nannostomus simplex, Nannostomus aripirangensis, Nannostomus aripiragensis, Nannostomus beckfordi surinami